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Taxas de Juro a Aumentar. Quais os Créditos Mais Baratos em Dezembro?

As taxas de juro preparam-se para atingir novos recordes em janeiro do próximo ano. Saiba como obter o crédito mais barato e pagar menos.
com as taxas de juro a aumentar, quais os créditos mais baratos?

2023 foi um ano marcado pela subida das taxas de juro dos empréstimos bancários, não só no crédito habitação, mas também noutras modalidades de consumo.

Recentemente, ao analisarmos a evolução do número de contratos de crédito desde o ano passado, notamos uma tendência de queda de 6,7% no montante total contratado

Esta diminuição acaba por ser uma resposta direta aos custos mais elevados, que tornam o acesso a financiamento mais desafiante e que se refletem nas escolhas financeiras dos consumidores.

O Banco de Portugal, enquanto entidade reguladora, estabelece limites máximos para as taxas de juro nos vários contratos de crédito, trimestralmente.

Estas taxas, definidas pelo Banco de Portugal, atuam como balizas para as instituições financeiras. 

Ao longo deste ano, os aumentos foram notórios, sendo que algumas modalidades chegaram a atingir os 17,9% de TAEG.

E, segundo os dados já publicados pelo Banco de Portugal para o 1º trimestre de 2024, esta tendência será para manter.

Tipo de CréditoTAEG Máxima – 4º Trimestre 2023TAEG Máxima – 1º Trimestre 2024

Tipo de Crédito

Crédito Pessoal – Educação, Saúde, Energias Renováveis e Locação Financeira de Equipamentos

TAEG Máxima – 4º Trimestre 2023

7,6%

TAEG Máxima – 1º Trimestre 2024

7,7%

Tipo de Crédito

Outros Créditos Pessoais – Sem Finalidade Específica, Lar, Consolidado e Outros

TAEG Máxima – 4º Trimestre 2023

14,8%

TAEG Máxima – 1º Trimestre 2024

15,2%

Tipo de Crédito

Crédito Automóvel – Novos

TAEG Máxima – 4º Trimestre 2023

10,7%

TAEG Máxima – 1º Trimestre 2024

11,1%

Tipo de Crédito

Crédito Automóvel – Usados

TAEG Máxima – 4º Trimestre 2023

13,5%

TAEG Máxima – 1º Trimestre 2024

14,0%

Tipo de Crédito

Cartões de Crédito, Linhas de Crédito, Contas Correntes Bancárias e Facilidades de Descoberto

TAEG Máxima – 4º Trimestre 2023

17,9%

TAEG Máxima – 1º Trimestre 2024

18,6%

Isto significa que os bancos e instituições de crédito acabam por conceder créditos mais caros, com mensalidades mais elevadas e MTIC superiores. 

Só em 2015 as taxas de juro ao consumo foram mais altas do que as previstas para o próximo ano.

Por outro lado, se olharmos para o crédito habitação, que é o tema mais falado em Portugal, o cenário segue o mesmo caminho.

Conforme revelado pelo Banco de Portugal, no período de apenas um ano, a taxa de juro média aplicada a novos empréstimos à habitação quase duplicou.

Esta taxa, que estava fixada em 2,23% em setembro de 2022, atingiu 4,26% em setembro deste ano. 

Este patamar também representa o valor mais elevado desde fevereiro de 2012.

Ao procurar o crédito mais adequado para si, a taxa de juro (TAEG) desempenha um papel crucial. 

Descubra as opções mais económicas disponíveis em dezembro de 2023, considerando as entidades financeiras que apresentam as TAEG mais baixas para cada tipo de crédito.

EntidadeTAEG Desde

Entidade

Credibom

TAEG Desde

8,54%

Entidade

Cetelem

TAEG Desde

8,9%

Entidade

Montepio

TAEG Desde

9,2%

Entidade

Wizink

TAEG Desde

9,4%

Entidade

Cofidis

TAEG Desde

9,8%

EntidadeTAEG Desde

Entidade

Santander

TAEG Desde

7,1%

Entidade

Credibom

TAEG Desde

8,2%

Entidade

BPI

TAEG Desde

8,3%

Entidade

Banco CTT

TAEG Desde

8,5%

Entidade

Cetelem

TAEG Desde

8,5%

EntidadeTAEG Desde

Entidade

Cofidis

TAEG Desde

8,4%

Entidade

Credibom

TAEG Desde

8,54%

Entidade

BNI Europa

TAEG Desde

8,6%

Entidade

Montepio

TAEG Desde

12,4%

Entidade

Cetelem

TAEG Desde

12,9%

EntidadeTAEG Desde

Entidade

Novo Banco – Branco

TAEG Desde

10,6%

Entidade

Montepio – Classic

TAEG Desde

11,4%

Entidade

BPI – Classic

TAEG Desde

12,2%

Entidade

BPI – Now

TAEG Desde

13,4%

Apesar de as financeiras apresentarem um valor base para a sua taxa de juro, isto é, o mínimo praticado, nem sempre este se aplica no caso específico de cada cliente.

Dependendo do seu perfil de risco e da situação financeira e profissional, é sempre possível que a TAEG seja agravada.

Ainda assim, é um bom ponto de partida para pedir simulações, por exemplo.

Para além disso, e como já podemos ver pela tabela acima, a taxa de juro mais baixa pode ser apenas de uma finalidade específica como formação ou energias renováveis. 

Para que possa perceber qual é o impacto para a sua carteira de pedir um empréstimo bancário, a Gestlifes analisou e comparou as principais entidades do mercado em três cenários de crédito diferentes:

  • Crédito de 5.000€ a 48 Meses;
  • Crédito de 12.000€ a 54 Meses;
  • Crédito de 20.000€ a 84 Meses.

Consegue ver não só a taxa de juro aplicável, como também a mensalidade e o MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor), que corresponde ao valor que irá pagar por todo o financiamento.

CetelemCredibomCofidis

Mensalidade

Cetelem

126,64€

Credibom

125,03€

Cofidis

133,96€

TAEG

Cetelem

11,4%

Credibom

12,88%

Cofidis

14,8%

MTIC

Cetelem

6.166,72€

Credibom

6.269,44€

Cofidis

6.518,08€

CredibomCetelemCofidis

Mensalidade

Credibom

275,56€

Cetelem

281,68€

Cofidis

295,82€

TAEG

Credibom

11,97%

Cetelem

12,3%

Cofidis

14,8%

MTIC

Credibom

15.271,44€

Cetelem

15.421,92€

Cofidis

16.131,48€

CredibomCetelemCofidis

Mensalidade

Credibom

335,63€

Cetelem

344,34€

Cofidis

367,02€

TAEG

Credibom

11,82%

Cetelem

12,4%

Cofidis

14,8%

MTIC

Credibom

28.724,92€

Cetelem

29.276,56€

Cofidis

31.181,68€

Se olharmos rapidamente para estes dados, percebemos que o crédito de 20.000€ a 84 meses resulta no maior montante total (MTIC), atingindo 31.181,68€ na Cofidis. 

Isto é esperado, uma vez que o valor do empréstimo é mais elevado, e o período de pagamento é também maior, acumulando mais juros.

Ou seja, mesmo que a TAEG não sofra grandes alterações entre propostas, se pagar o financiamento durante mais tempo, estará inevitavelmente a ter mais encargos.

O Banco de Portugal tem sugestões sobre crédito responsável, que de certa forma o podem ajudar a conseguir um melhor empréstimo.

Quando falamos da melhor proposta não significa que tenha de apresentar o MTIC mais baixo, mas sim um bom equilíbrio entre o valor que vai conseguir pagar por mês, e o montante total, sem que ponha em causa a sua saúde financeira. 

Atente nas seguintes sugestões para perceber os fatores principais a analisar quando pedir um empréstimo ao banco.

Ao procurar o melhor crédito para a sua situação, é crucial comparar as comissões iniciais, tais como a comissão de abertura e anuidades (principalmente nos cartões de crédito).

Estes valores podem variar entre instituições financeiras, e influenciam diretamente no custo total do financiamento.

Realize uma análise detalhada para identificar a oferta mais vantajosa para as suas necessidades financeiras.

Evite aceitar a primeira proposta recebida. 

Peça várias simulações em diferentes instituições ou considere a assistência de um intermediário de crédito.

O importante é que compare e que tenho várias ofertas em cima da mesa.

Se quiser fazer a análise por si, a Ficha de Informação Normalizada (FIN) ou Ficha de Informação Europeia (FINE) contém detalhes essenciais sobre o empréstimo, como taxas e prazos. 

Para além disso, é um elemento oficial e obrigatório de receber quando lhe é proposto um crédito. 

Coloque lado a lado todas as propostas, compare as taxas de juro e obrigações, e desta forma encontra a solução mais barata para si.

De uma forma geral, ninguém o obriga a comunicar porque precisa do dinheiro.

Considere, ainda assim, indicar a finalidade do empréstimo, pois pode influenciar a TAEG.

Empréstimos para educação, saúde e energias renováveis, por exemplo, podem oferecer TAEG mais baixas, e se estivesse a pedir um crédito sem finalidade, estaria à partida a pagar mais do que deveria.

Evite estender o pagamento até o prazo máximo para evitar a acumulação excessiva de juros

Quanto mais tempo levar para liquidar o empréstimo, maior será o montante total pago em juros e, em certos momentos está a pagar mais de juros do que propriamente a abater valor da prestação.

É ainda fundamental sublinhar a importância de cumprir rigorosamente os pagamentos para evitar consequências negativas, como a inclusão na Lista Negra do Banco de Portugal.

Imagine que começa desde cedo com um crédito automóvel e dez anos depois precisa de um crédito habitação: tudo conta.

Por isso, é crucial avaliar a capacidade de pagamento e garantir que o empréstimo é uma solução sustentável para a sua situação financeira.

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