Artigos

10 Mitos do Crédito Habitação

Se está a pensar comprar casa, conheça 10 mitos comuns no processo de crédito habitação, que poderão ajudá-lo a tomar uma melhor decisão.
10 mitos no crédito habitação

Comprar através de crédito habitação é uma etapa marcante na vida de muitos portugueses.

Mas este processo está associado a várias dúvidas, muitas das vezes infundadas.

Neste artigo, vamos desmistificar 10 desses preconceitos, para que possa tomar uma decisão mais informada e sem preocupações desnecessárias.

A crença de que é obrigatório ter um contrato efetivo para solicitar um crédito habitação é falsa. 

A estabilidade financeira necessária para a aprovação do crédito não se limita ao tipo de vínculo laboral

Mesmo sem um contrato efetivo, é possível explorar outras opções para oferecer garantias à instituição financeira, como:

  • A apresentação de fiadores;
  • A hipoteca de outro imóvel.

Outro fator ainda mais relevante é a taxa de esforço dos clientes, isto é, se têm margem no orçamento para pagar mensalmente a casa.

O importante é demonstrar uma capacidade financeira sólida, independentemente do tipo de contrato de trabalho. 

Alterar condições do contrato de crédito habitação

Contrariamente ao que alguns podem pensar, não é indispensável ficar “preso” ao mesmo contrato durante 40 anos.

Os titulares têm a possibilidade de renegociar certas condições ao longo do período do empréstimo. 

Esta flexibilidade pode incluir a renegociação da taxa de juro, a mudança do spread ou até mesmo a transferência do crédito para outra instituição financeira. 

Renegociar as condições pode ser uma estratégia eficaz para adaptar o crédito às mudanças na situação financeira do cliente ou às condições de mercado mais favoráveis. 

Embora seja possível obter um crédito habitação totalmente financiado, a realidade é que esta prática é rara e com condições específicas

Para conseguir um crédito habitação 100% financiado, é necessário encontrar uma casa que esteja à venda através do banco, o que por si só, já é uma oferta limitada

Na maioria dos casos, o comprador tem de contribuir com uma entrada ou pagamento inicial, em torno de 10% a 20% do valor do imóvel.

Assim, é importante compreender que um empréstimo totalmente financiado é a exceção e não a norma no mercado imobiliário.

Muitos consumidores mantêm a fidelidade ao seu banco, assumindo que este automaticamente terá melhores condições por já serem clientes.

No entanto, com a concorrência no mercado financeiro, existem diferentes instituições em jogo.

É uma prática sensata explorar várias opções antes de tomar uma decisão.

Muitas vezes, outras entidades financeiras apresentam ofertas mais competitivas, seja em termos de taxas de juro mais baixas, spreads mais favoráveis ou condições de reembolso mais flexíveis. 

Apesar da tentação de utilizar um crédito pessoal para financiar a entrada na compra de uma casa, essa prática é desaconselhada pelo Banco de Portugal e por especialistas em finanças. 

Os clientes devem ter poupanças ou capitais próprios para liquidar esta despesa.

Ao recorrer a um crédito pessoal para financiar a entrada, vai inevitavelmente aumentar a sua taxa de esforço, que é a proporção entre as suas despesas e os seus rendimentos mensais.

Isto pode dificultar a aprovação do crédito habitação, já que os bancos consideram a taxa de esforço ao avaliar o perfil.

Para além disso, um crédito pessoal tem taxas de juro mais elevadas, o que torna o custo total da aquisição da casa mais elevado.

a taxa variável nem sempre é a melhor opção

A ideia de que a taxa variável é sempre a melhor opção no crédito habitação nem sempre é verdadeira.

Embora a taxa variável possa oferecer mensalidades mais baixas em períodos em que a Euribor é reduzida, também expõe o titular ao risco de aumentos significativos quando a tendência se inverte.

Atualmente, com a Euribor em níveis historicamente altos, a taxa fixa tem sido considerada uma opção mais atraente para muitas famílias. 

Assim, as prestações mensais são previsíveis ao longo de um determinado período, oferecendo uma proteção contra potenciais aumentos.

E, quando voltar a ser benéfica, pode negociar novamente uma taxa variável.

Muitas instituições financeiras tornaram este processo mais simples para atrair novos clientes e incentivar a concorrência no mercado.

E os clientes podem utilizar intermediários de crédito ou consultores financeiros especializados, principalmente para comparar o mercado e tratar do processo pelo titular. 

Neste caso, o cliente não precisa de lidar diretamente com o encerramento do crédito no banco inicial ou com a transferência de documentos.

Assim, este pode ser um processo relativamente direto, que permite que os titulares beneficiem de condições mais favoráveis.

Embora muitas instituições financeiras ofereçam spreads mais baixos aos clientes que contratam seguro de vida e/ou multirriscos diretamente com elas, a escolha de onde contratar os seguros é, na maioria dos casos, livre.

Os clientes têm a flexibilidade de procurar seguros noutras entidades, como seguradoras independentes ou mesmo noutras instituições bancárias.

Em alguns casos, esta abordagem pode resultar em prémios de seguro mais competitivos e prestações mais baixas.

Embora um spread mais baixo contribua para tornar o crédito habitação potencialmente mais acessível, não é o único fator determinante no custo total do empréstimo

O spread representa a margem de lucro do banco, e é um componente importante na determinação da taxa de juro final.

No entanto, outros custos associados ao empréstimo, como comissões, seguros obrigatórios, e despesas administrativas também influenciam o custo total. 

Portanto, ao avaliar uma proposta de crédito, os titulares devem considerar não apenas o spread, mas a Taxa Anual de Encargos Efetiva Global (TAEG).

A TAEG reflete todos os custos associados ao crédito habitação, oferecendo uma visão mais abrangente e precisa do custo total do empréstimo. 

Em alguns casos, uma proposta com um spread ligeiramente mais elevado mas com custos adicionais mais baixos pode resultar num crédito mais barato globalmente.

pagar crédito habitação em 40 anos

Embora a ideia de pagar o crédito habitação ao longo de 40 anos possa parecer atrativa devido à redução do valor das prestações mensais, não é necessariamente a melhor opção.

Além disso, nem todos os titulares têm a opção de estender o prazo do crédito para 40 anos, uma vez que isso depende da idade na altura da contratação do empréstimo.

O ideal é encontrar um equilíbrio entre o prazo de pagamento e a prestação mensal que seja sustentável e que permita ao titular pagar o empréstimo dentro de um período razoável.

Optar por um prazo mais curto pode resultar num total de juros mais baixo e ter a casa paga mais rapidamente, melhorando a sua saúde financeira.

Procura Solução à Medida?
Procura Solução à Medida?
Conte Com a Nossa Ajuda
SIMULAR JÁ
SIMULAR AGORA!